domingo, 2 de fevereiro de 2014

HORA DA GRAÇA - 08 de dezembro de 2013 - meio-dia



Ao meio-dia, pontualmente, do dia 08 de dezembro de 2013, domingo, dia da Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, na Matriz de Nossa Senhora das Graças, em Parque Flora, centenas de fiéis se reuniram para realizar a Hora da Graça.
Lembramos que é um pedido de Nossa Senhora que, na primeira metade do século XX, manifestou-se a uma italiana, Pierina Gilli, como Rosa Mística, pedindo, entre outras coisas, que todo dia 8 de dezembro, ao meio dia, parássemos todos os nossos afazeres e nos dirigíssemos à Igreja, permanecendo uma hora em oração. Segundo Sua promessa, uma chuva de graças se derramará sobre os que atenderem devotamente a este pedido. Nossa experiência de anos – esta é a 16.a Hora da Graça que dirigimos, começando por São Paulo e passando por Olinda (Nilópolis), pela Catedral de Nova Iguaçu, pelo Jardim Gláucia, por Tinguá e, neste ano pela primeira vez, aqui no Parque Flora -  tem mostrado que a promessa de Maria se cumpre e inúmeras são as graças concedidas nesse dia. É comum, nas semanas que se seguem à Hora da Graça, muitas pessoas virem me procurar para testemunhar as graças recebidas.
A solenidade que hoje celebramos e que foi instituída no século XIX pelo Papa Pio IX, logo a seguir à definição do dogma da Imaculada Conceição de Maria, em 1854, já era celebrada no Oriente desde o século VIII, na Irlanda desde o século IX e na Inglaterra desde o século XI. Estas festas são o testemunho do culto tradicional à pureza sem mácula de Nossa Senhora. A definição dogmática de 1854 nada mais fez do que precisar e afirmar a fé constante da Igreja.
Esse dogma professa que Maria Santíssima foi concebida, no ventre de Santa Ana, sem pecado original, em vista dos méritos e da redenção operada por Jesus Cristo. Isso acabou entrando para o Ofício da Imaculada Conceição: “Deus vos salve Relógio que andando atrasado serviu de sinal para o Verbo encarnado”.
Na criança, o pecado original não é um pecado propriamente dito, uma vez que todo pecado propriamente dito é consciente e voluntário, mas é a ausência dos dons que os primeiros pais receberam no paraíso e perderam. A nossa fé ensina que Maria não foi concebida como as demais criaturas, privada da graça, mas recebeu-a desde o início de sua existência, pois fora chamada a ser o tabernáculo de Deus feito homem. Assim, convinha que a Mãe do Verbo encarnado jamais experimentasse o jugo do pecado. A definição desse dogma mariano quis também reafirmar, no mundo materialista, a presença do Sobrenatural. Como a confirmar a realidade desse dogma, a Igreja reconhece duas aparições de Nossa Senhora na França: a  primeira em 1830, a Santa Catarina Labouré, deu origem à Medalha Milagrosa, na qual se lê: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós; e a segunda em 1858, a Santa Bernadete Soubirous, em Lourdes, na qual a Mãe de Deus revela-se como “a Imaculada Conceição”.
Iniciamos cantando o Ofício da Imaculada Conceição, seguido da Oração do Rosário, meditando os Mistérios apropriados a este Tempo do Advento, ou seja, os Mistérios Gozosos.
Há dois fatores que têm provado que esta iniciativa não é humana, não é minha, mas do próprio Deus e de Maria Santíssima: em primeiro lugar, a acorrência de muitas pessoas, católicas ou não, cristãs ou não, a este momento. Seja em que localidade for, seja uma igreja pequena ou grande, de fácil ou difícil acesso, seja em finais de semana ou durante a semana, a resposta do povo a este convite é impressionante, ao contrário de outras iniciativas de oração e bênçãos que nem sempre são acolhidas pelos fiéis. E segundo lugar, a emoção que invade o coração de todos, a paz que nos envolve através - e isto é algo extraordinário - da celebração desta Hora utilizando-se de duas devoções quase que cotidiana do povo, ou seja, o Ofício e o Terço. Sente-se a presença de Deus e de Maria na Hora da Graça.
Que esta santa devoção, que tem feito tanto bem às pessoas e convertido muitos corações ao projeto de Deus possa ser acolhida por muitos e propagada em todas as nossas igrejas.

Pe. Nelson  Ricardo Cândido dos Santos





















































































Nenhum comentário: